Na
beira da estrada contava eu os dias,
que
passavam sonolentos.
Belo
dia, como ave migratória...
apareceste em minha vida.
Vieste
de madrugada,
com
os primeiros raios do sol...
Com
suas asas trouxeste a felicidade.
Com
meus galhos te abriguei...
Com
meus ramos fizemos um ninho...
Com
minha copa te protegi do sol e da chuva.
Fomos
felizes.
Na
beira da estrada os dias passaram
cheios
de carinhos e ternura...
Um
dia com os primeiros raios do sol,
Como
ave migratória batestes as asas,
voastes
para longe e não voltastes.
Fiquei
só.
Meus
galhos secaram,
meus
ramos quebraram,
minhas
folhas amarelaram,
minha
sombra definhou...
Na
estrada da vida me perdi
a
sua procura vi,
O
vento do destino me açoitar,
a
vida me maltratar...
Sofri,
mas ainda espero que voltes
a
pousar, um dia em minha vida.
Ainda
te espero, querida
ave migratória...
te
espero,
ternamente...
Ermindo
Gomes Rocio

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